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domingo, 29 de maio de 2011

Cresce número de partos em casa - Matéria Jornal Agora

Partos domiciliares aumentaram nos últimos cinco anos na capital. Gestantes buscam opção natural e familiar para dar à luz os filhos

Trecho:
A agenda apertada da enfermeira obstetra Márcia Koiffman confirma isso. Ela,que faz partos em casa desde 2005, diz não dar conta da procura. “Quando comecei,fazia um parto por mês, às vezes nenhum. Hoje, tenho que recusar pois minha agenda está cheia até setembro.”
Ela ressalta a importância do planejamento. “Acompanhamos o pré-natal e traçamos um plano B, já definindo um hospital e medidas a serem tomadas caso a gestante tenha que ser removida”, diz.
Com nove meses de gestação,a empresária Claudia Xavier, 34 anos, se diz ansiosa para conhecer Olívia, sua primeira filha. “Sempre quis ter um parto natural e, no hospital, há intervenções que julgo desnecessárias”, diz.
Jornal AGORA, 22/5/2011

Clique aqui e veja a matéria na íntegra! Artigo está em PDF!!


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Pessoas amadas!!
Nem todos sabem, mas há 1 mês comecei a trabalhar como atendente escolar e continuo com os estudos a noite. Minha bbzinha tem bolsa integral na escola, portanto, a vejo durante o dia. Com tudo isso, meu tempo para postar no blog ficou bem escasso!! Mas jamais deixarei de postar viu!! Continuarei trazendo matérias, textos, notícias e tudo mais que eu encontrar e achar importante para vocês!!

Beijos carinhosos e cheios de saudade de encontros quase diários!!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

No silêncio e abraço, o calor da amizade e conforto!!


Pra quem não sabe, eu sou Cristã-católica e tenho, desde muito nova, uma fé sobre a questão da vida e da morte, a vida eterna e ressurreição no último dia, céu, inferno, purgatório, limbo... e também, uma formação sobre os bebês que não nascem... os bebês que por algum motivo nos deixaram logo no começo do caminho, deixando saudades desde cedo...

Como entender o final de uma vida que ainda não nasceu?
Como buscar resposta, na natureza, na fé, na ciência, do porquê esse coração não bate mais?
Como sarar uma dor que está apenas na alma, que nenhum remédio ou pomada pode alcançar, para amenizar semelhante desatino?

Não há mesmo palavras para um momento assim, não há remédio físico...

De minha parte, à esses corações maternos que não puderam abraçar seus coraçõezinhos filíos, fica o meu carinho, apoio e abraço silencioso, mas principalmente, minhas sinceras orações, para que seu coração de mãe encontre, quando for a hora, no coração paterno de Deus, o consolo e o alívio para a dor, de uma cicatriz que marcará para sempre, mas que um dia, parará de doer.

T., sinta-se infinitamente abraçada!!! Conte comigo, principalmente com minhas orações!

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Essa canção não fala exatamente de pais de bebês não nascidos... mas de um modo geral, de pais que perderam seus filhos...

Brigar com Deus

Padre Zezinho

Composição : Padre Zezinho
(Falado)
Esta canção é para os pais que já perderam um filho, e por isso, brigaram com Deus.
Eu não tenho respostas prontas para essa dor!
Há feridas que não se curam com pomadas, mas com o tempo.
Para eles, que continuam zangados com Deus esta canção!

Admito que eu já duvidei,
Depois daquela morte repentina num farol,
Depois que dos meus olhos Deus levou a luz do sol,
Depois daquela perda sem aviso e sem sentido,
Admito que eu já duvidei.

Admito que eu briguei com Deus porque não respondeu
Quando eu Lhe perguntei porquê;
Ele, que tudo sabe, tudo pode, tudo vê,
Parece que não viu, nem me escutou lá no hospital.

Admito que eu fiquei de mal!
Doeu demais e, quando dói do jeito que doeu,
A gente chora, grita e urra e põe pra fora aquela dor.
E desafia o Criador e quem se mete a defendê-lo.
Comigo não foi diferente do que foi com tanta gente
Que perdeu algum amor.

Briguei com Deus, briguei com Deus
E se eu briguei foi por saber que Deus ouvia.

Admito que eu me revoltei;
Onde é que estava Deus com Seu imenso amor?
Se Deus é amoroso, então por que deixou?
Por que tinha que ser do jeito que foi?
Admito que eu O desafiei,

Admito que eu O desafiei,por não achar sentido no que Deus me fez;
E nem me perguntei porque será que o fez.
Briguei com quem levara alguém que eu tanto amei!
Admito que eu já blasfemei.

Doeu demais e, quando dói do jeito que doeu.
A gente chora e grita e urra, e põe prá fora aquela dor.
E desafia o Criador e quem se mete a defendê-Lo.
Comigo não foi diferente do que foi com tanta gente
Que perdeu algum amor.
Briguei com Deus, briguei com Deus
Briguei com Deus, mas acabei no colo Dele.

Admito que voltei pra Deus.
E até nem sei dizer porque foi que voltei.
Eu acho que voltei porque não me calei.
Voltei porque, talvez, não sei viver sem crer.

Admito que voltei pra Deus.
Admito que ainda creio em Deus,
Mas tenho mil perguntas a doer em mim.
Eu tenho mil perguntas para Lhe fazer.
Espero que Ele um dia queira responder!
Ele sabe o que é que eu penso dele. (3x)

sábado, 21 de maio de 2011

A roupa nova do Imperador... Coutinho



O bafafá sobre a Coluna de João Coutinho (Folha) ainda tah dando o que falar. Veja aqui o que foi:

Ainda essa semana, o mesmo colunista escreveu o texto PONTO DE ORDEM, onde declara que a grande massa que leu sua coluna não tem a mente tão desenvolvida para esse tipo de ironia. E encerra com chave de ouro (de tolo) sua coluna, com a seguinte frase:

"Resta-me agradecer aos leitores minoritários que, concordando ou não com as premissas do argumento, souberam reconhecer o "reductio ad absurdum" em que ele evoluiu. Inteligência, humor, "fair play": o meu leitor ideal é também, não tenho dúvidas, o pai ou a mãe ideal. "

Ou seja, em sua suma opinião, os pais e mães que se indignaram com a coluna não são os ideais, pois os ideais são aqueles que entenderam a ironia introspecta em sua sádica coluna. E para minha grande surpresa, me deparei com comentários tipo esses:

Não sou obrigado a menino berrando no meu ouvido ou mesmo fazendo barulhos de mamar. Sempre achei constrangedor essas mulheres que sacam peitolas sem o menor pudor em público. Nem todo peito é bonito de se ver. (falow garanhão... esse aí só deve pegar peitudas boazudas né??)

Parabéns, chega desse assunto banal de mulheres arrogantes que acham que são donas de tudo. Se quiseram ter filhos, que tenham alguma dignidade. (aposto que ele não tem filhos...)

Eu sou contra amamentação, acho ridículo continuarmos com esse hábito que herdamos dos homens das cavernas em pleno século XXI. Tá na hora de evoluir!  (a resposta pra esse tah abaixo... chorei de rir)

Em resposta ao de cima...

"Sexo, então! Mais primitivo ainda que o ato de amamentar, já que antes do filho veio o sexo que o gerou... Ô, coisa do tempo das cavernas! Deveríamos parar de praticar o ato sexual também (concordo, cansa pra caramba XD - amamentar pelo menos não cansa). Deveriam haver campanhas pela emasculação em massa (e por que não pela vivência da castidade? To falando sério! Todos sem pênis e vagina!"

Voltando ao meu normal... nada irônica, bem realista e pé no chão...

Os comentários que mais me chamaram a atenção foram estes:

O problema é que, hoje em dia, tudo ofende, todo mundo é sensível, tudo que é dito tem de estar acompanhado de um pedido de desculpas aos que não concordam com o assunto.
Aí, vem o pessoal do BLMAF (Batalhão das Leitoras Mal-amadas da Fol//ha) exigir retratação, a cabeça do jornalista, fogueira em praça pública...
É de se rir.

Mas o povinho bu//rro é assim mesmo... se não consegue entender um texto objetivo, que dirá o cheio de ironias. Espera pelo pastor para dar sua opinião sobre os fatos... (o inteligentão é o mesmo autor do cment acima)

Vergonha alheia! É isso que a leitura dos comentários dos meus compatriotas causa em mim! Sou sua leitora há muito tempo e jamais o considerei reacionário ou grosseiro nas suas manifestações (a não ser que o seu "alvo" realmente merecesse, é claro). Já havia lido seu texto sobre amamentação há alguns dias e considerei o tom empregado e o conteúdo muito adequados. Sinto muito pela reação de alguns. Espere que você continue escrevendo textos cheios do seu sarcasmo inteligente. Abraço.

Caro Coutinho,
A ironia éuma forma de comunicação que obrigatoriamente bota as pessoas para pensarem,diferente dos demais modos. A quantidade de e-mails que você recebeu foiproporcional a quantidade de pessoas que têm preguiça mental. Sua mensagemsobre o "Mamaço" foi realmente para poucos.


Tudo isso me fez lembrar aquele conto de fadas "A roupa nova do Rei", onde um malandro, para aproveitar da boa vida do palácio, se faz de alfaiate e diz ter feito uma roupa muito especial, que somente os mais inteligentes poderiam ver. Quando não viam a roupa, estremeciam, temendo serem tachados de tolo:

"Sei que não sou tolo - pensava o cortesão; - mas se não vejo o tecido, é porque não devo ser capaz de exercer minha função à altura da mesma. Isso me parece estranho. Mas é melhor não dar a perceber esse fato."

E mentindo, faziam elogios e vangloriavam o tecido mágico pela sua beleza, enquanto que na verdade, nada ali existia, era um cabide vazio com elogios mais vazios ainda... a verdade veio mais tarde, pela boca de uma criança plebéia, inocente e sincera, dizendo que o rei estava pelado...

Orgulho... orgulho... orgulho... enquanto for assim, a idéia de que um dia o ser humano vai realmente evoluir, me parece cada dia mais e mais distante...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Coluna Infeliz - Folha.com e sua pisada feia na bola...

Tem horas que qdo finalmente acho que a humanidade tem jeito, acontece uma dessa pra perder novamente a fé na melhoria da raça humana...

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/916122-mamonas-celestinas.shtml

Esse colunista fez esse triste texto, baseado no ato de amamentar e no Mamaço, que repercutiu na mídia na semana passada - pra quem não se lembra, meu post aqui, fala sobre isso e também, a mostra da repercussão no blog Mamífera, aqui . Sua infelicidade foi comparar o ato de amamentar aos gestos de "conhecimento próprio (masturbação), ao ato sexual e o tomar banho, como se fossem a mesma coisa. Pra quem quiser saber mais, leia no link acima, o texto. Não vou reproduzi-lo aqui por direitos autorais da Folha.com.

Em resposta, o e-mail passado na lista de discussão, enviei meu parecer abaixo, para que além da Folha.com, o colunista e a lista do qual participo, todos tenham acesso ao texto. Segue:

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Bom dia, senhores da Folha.com.
 
 
Meu nome é Arlene, tenho 26 anos e sou uma orgulhosa mãe de uma sadia menina de 1 ano e 3 meses, que graças ao aleitamento materno, foi salva de uma infecção hospitalar, adquirida ao nascer, que ainda hoje, com mais de 1 ano de idade, é amamentada com muito orgulho por mim e apoiada pela minha família.
 
Sei o quanto a Folha é respeitada e creditada nesse meio informativo e o quanto a tradição do nome Folha impõe respeito. E justamente por isso, desacreditei que um material tão respeitado de informação como é a Folha, deixou que um colunista de vocês publicasse um texto tão infantil e sem coerência, como este. Aliás, infantil é tudo que é inocente e de inocente, este texto não tem nada. Esse texto ficou com uma gritante demonstração de falta de estudo aprofundado e informação por parte do colunista, sobre o tema Amamentação.
 
Se o colunista soubesse a importância do ato de amamentar, o vínculo que cria entre mãe e filho e o quanto esse vínculo ajuda no desenvolvimento mental, social, físico e espiritual na criança, o tornando um adulto muito mais seguro e melhor, ele certamente não teria dito palavras tão sem sentido, como nesse texto. Compara o ato de amamentar com a masturbação é totalmente sem nexo, visto que o primeiro tem a função de alimentar o físico e o emocional do bebê, que é um ser que ainda não conhece o mundo aqui fora e não tem qualquer malícia no ato de abocanhar o seio de sua mãe e que vê ali, somente o "objeto" que vai saciar sua fome, além de ganhar o colo e aconchego de sua mãe, que o carregou por 9 meses protegido no útero, e o segundo é na sua verdade mais profunda, um ato egoísta de busca por um prazer momentâneo e solitário, onde ele visa apenas o seu ápice no prazer, apenas por sentir, e não buscando o bem de um outro, como ocorre na amamentação.
 
Se tanto os editores da Folha.com e o colunista fossem verdadeiramente informados sobre a questão na humanização do parto, lei do acompanhante, os termos parteira, doula, parto humanizado, os benefícios da não-medicalização no parto e a Medicina baseada em evidências, os partos que acontecem em países considerados de primeiro mundo, vocês próprios colocariam a mão na consciência e veriam que, na verdade, vocês estão é com um pé lá na idade média (quando a amamentação era considerada um gesto animalesco) e outro na década de 60/70 (quando surgiram as modas de cesáreas e hospitalização do parto), fazendo assim com que o veículo de informação de vocês na verdade, ao invéz de trazer informações atualizadas sobre o mundo hoje, continuam trazendo informações de décadas e séculos atrás, com pensamentos antigos, atualizados apenas em palavras cotidianas e não arcaicas, como nos textos de Camões, por exemplo, o que contribuí para que o leitor desse veículo não ascenda em seu intelectual, com informações novas, mas estacione ou até regrida em sua forma de pensar, levando em conta o impacto que a Folha.com tem na opinião das pessoas (e nesse caso, o papel importante de atualizar o leitor que a Folha.com tem, fica sem sentido, concordam?).
 
Lendo alguns comentários postados na coluna, trago de outra forma o trecho de uma delas:
 
O fato do colunista ver, de forma tão maliciosa, o ato de uma mãe amamentar seu bebê, talvez se deva ao fato dele próprio não ter sido amamentado e aconchegado ao colo de sua mãe em sua primeira infância e talvez, ter sofrido terríveis intervenções durante o parto, sendo normal ou cesárea, mas ter nascido de forma invasiva, desrespeitosa, o que lhe causou prováveis traumas, que lhe são trazidos à tona agora, depois de adulto e se deparando com situações onde ele próprio, viveu de forma traumática.
 
Agradeço a atenção na leitura deste!
 
Att.
 
Arlene Ferreira de Paula Azevedo
Mãe da  Verônica Maria - 1a - PNatH
"Estagiária" de doula

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Agradeço quem puder comentar!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Mulheres apostam no parto humanizado

ALINE MELO
PARA O DIÁRIO REGIONAL
Elas não querem o conforto de hospitais, nem se impressionam com estrelas de TV que aparecem escovadas e maquiadas instantes antes da cirurgia. Em busca de maior protagonismo no momento do parto, um número crescente de mulheres procura atendimento humanizado para o nascimento dos filhos, sem intervenções médicas desnecessárias e com liberdade de escolha.

No lugar de anestesia, optam por massagens e banhos quentes. Ao invés de tomar soro com medicação para acelerar o trabalho de parto, aguardam pela resposta natural dos hormônios que agem durante o processo do nascimento.Esses procedimentos estão presentes no parto humanizado, que de acordo com as gestantes que defendem o método, respeita o tempo da mãe e do bebê.

“Essa concepção considera o parto um processo fisiológico da mulher em que é sujeito da ação de parir e o médico deve ser um facilitador.

Ou seja, a gestante é protagonista”, explicou o diretor de Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, Antônio Luiz Telles. “A ideia de humanizar o parto é dar o máximo de conforto à mulher, criando o melhor e mais adaptado ambiente a ela”, completou.

“Sempre acreditei que o melhor fosse o parto normal. Quando engravidei, comecei a me informar. Depois de esclarecer as minhas dúvidas, fui em busca da equipe humanizada para ter a minha vontade respeitada”, afirmou Jacqueline Alves, técnica de informática e moradora de São Bernardo.

Após ter sua primeira filha de parto normal no Hospital São Luiz, em São Paulo, Jac­queline optou na segunda gravidez por um parto domiciliar. “A decisão natural foi ter em casa, sem intervenção. Já sabia como era o processo e o receio das complicações que me fizeram optar pelo atendimento hospitalar da primeira vez não existiam mais”, declarou.

O parto da técnica de informática foi assistido por um obstetra da Capital e sua equipe, com enfermeira e pediatra. Além disso, Jacqueline também contou com a presença de uma doula, profissional que presta apoio físico, emocional e afetivo às futuras mães.

Aline Gerbelli, fonoaudióloga, também viveu a expe­riência de um parto domiciliar em São Bernardo. Para o momento do nascimento, estavam previstas as presenças da médica obstetra e de uma parteira. “Na hora H, não conseguimos contatar a médica. A parteira amparou o Pedro, que estava com o cordão enrolado no pescoço, e foi tudo muito tranquilo”, contou a profissional de saúde.
Domingo, 8 de Maio de 2011 
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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Mamaço Virtual - Porque amamentar, não ofende!!!!

Pessoal, preciso me desculpar pela falta de atualização nos últimos dias. Comecei em um novo trabalho há 15 dias e de fato, estou amando. Ao mesmo tempo que fico ocupadíssima, as redes sociais como facebook, orkut, twitter e afins, são bloqueados para maior segurança dos alunos (e claro, evitar que eles fiquem pendurados nos computadores e celulares da vida né rsrs.)

Vi no blog Mamíferas, neste post, falando sobre uma política do facebook, que exclui fotos consideradas ofensivas. A foto excluída foi uma da autora, amamentando seu bebê.



Gente, desde quando, amamentar em público é uma ofensa???
Eu tenho uma gastura desse puritanismo infundado viu...

Enquanto há tantas outras coisas, músicas, refrões, bordões, novelas, minisséries que de forma implicita e explícita, são realmente ofensivos e obscenos, e que não é feito nada para que deixem de circular na rede, há pessoas mais preocupadas com o que "os filhos" ou eles próprios vão pensar ao ver uma mãe expondo seu seio para alimentar seu bebê... AAHHH, ME POUPE!!!!!

Por esse motivo, as moderadoras do blog Mamíferas propuseram um MAMAÇO VIRTUAL!! Vou colocar o texto na íntegra, retirado do mesmo blog:

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Qual não foi minha surpresa ao entrar em meu e-mail hoje e me deparar com um e-mail do facebook:
Olá, Você carregou uma foto que viola nossos Termos de uso e ela foi removida. O Facebook não permite a publicação de fotos que ofendam um indivíduo ou grupo, ou que possuam nudez, drogas, violência ou outras violações de nossos Termos de uso. Essas políticas são desenvolvidas para garantir que o Facebook continue a ser um ambiente seguro e confiável para todos os usuários, incluindo as crianças que usam o site.

Ao acessar meu login fui informada que a foto ao lado havia sido removida. Tive que clicar que concordo com as regras do Facebook. Minha vontade foi sair deste espaço, mas acho que o facebook é rico para promovermos discussões, inclusive essa.
Por isso fiz um convite para que as pessoas troquem as fotos de seus perfis, até dia 20/05, por uma em que estejam amamentando. Pais podem usar a foto de suas esposas. Os demais podem usar a foto que foi removida para fazer barulho neste espaço.
O que me chama atenção é que amamentar seja considerado um ato de nudez. E a justificativa é fazer um ambiente seguro porque é freqüentado por crianças.
Concordo que existem aspectos culturais de cada país. As americanas e em alguns países da Europa, muito embora estejam avançados com a questão do parto, o ato de dar de mama é considerado inapropriado. Aqui no Brasil esse pudor é calado e aparece em pequenas ocasiões quando a mulher faz barulho para denunciar. Acho um absurdo a mulher que acabou de ter filho ou que amamenta crianças maiores tenha que se enclausurar em quartos fechados ou cubículos do espaço público para não ferir a moral alheia.
Eu sempre dei de mamar entre amigos, em bares, restaurantes, sentada em muretas na rua, parques, praia. Amamentei até 3 anos e 7 meses. Lidei com olhares estranhos? Sim, muitas vezes. Comentários ridículos? Oh! Mas em cada aproximação sempre mostrei as razões que me moviam. Engraçado é que a mamadeira é bem vista.
Quanto às crianças, basta perceber como as bonequinhas vêm com chupetas e mamadeiras, para que isso seja considerado normal em seu brincar de maternar. Lá para frente a referência grita diante da primeira dificuldade. Fora do universo mamífero, nunca vi uma menina fingir que está amamentando sua boneca.
O ser humano aprende por repetição, por visualização. E estamos sendo treinados a achar que normal é dar mamadeira e obsceno é amamentar.
Na próxima quinta (12/05/2011), das 14:30h às 17h no Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149 – estação Brigadeiro do Metrô – São Paullo ), haverá um evento pro amamentação. Um grande mamaço em prol do aleitamento em espaços públicos.
Uma mãe foi impedida de amamentar seu bebê no espaço de Exposição do Itaú Cultural, a monitora disse que só era permitido amamentar na enfermaria dos bombeiros, que fica alguns lances de escadaacima. Mas a sala estava fechada. O diretor do Itaú Cultural, ao saber do incidente, imediatamente desculpou-se em nome da instituição, e tomou medidas de treinamento e informação da equipe para que isso não volte a acontecer. Não só a diretoria pediu pública desculpas pelo incidente como a partir disso, oItaú Cultural se orgulha de propagar que é um espaço que dá boas vindas e apóia todas as mães que amamentam.
O Itaú Cultural vai oficialmente apoiar o evento, que de protesto se transformou em evento de promoção do aleitamento em espaços públicos. E lá vai rolar uma apresentação de uma parte do DVD Amamentação sem mistério, visita monitorada à exposição e por fim um lanche de confraternização.
Agora quero propor esse Mamaço no Facebook. Até 20/05 troque sua foto por uma que esteja amamentando. . Pais podem usar a foto de suas esposas. Os demais podem usar a foto que foi removida para fazer barulho neste espaço.
O Facebook é um espaço público de geração de conhecimento. Vamos apoiar, divulgar e fazer barulho em prol da amamentação. Promova essa ação em outras redes sociais também.
Amamentar é um ato de amor, saudável e natural. Qualquer impedimento deve ser denunciado. Enquanto nos calamos impedimos que futuras gerações achem normal amamentar. Por que é? Por que temos que nos esconder? Seja com pano, seja em um cubículo?
Chegará o dia que estranho será ver uma criança tomando mamadeira. Esse é meu sonho.

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É também o sonho das leitoras desse blog Kalu, pode contar com isso ;)

Eai? Vamos aderir??

Hoje a noite vou trocar a imagem do meu facebook... e você?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Memórias de um ex-cesarista

Encontrei esse texto no blog Espaço Bem Nascido, um blog ótimo, que procuro ler todos os dias, pois fica sempre cheio de novidades... amei e resolvi compartilhar com vocês. Vejam só como a experiência de acompanhar um parto natural, mudou a visão de um médico que era bem cesarista:

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Antes eu era um obstetra normal. Era chamado para as festas corporativas de final de ano, dormia a noite inteira e raramente recebia ligações de gestantes nos feriados. E se acontecesse, eu ligava para um colega de plantão e ele operava pra mim.

Tinha uma vida social e ia a todos os compromissos pré-agendados, inclusive minhas cesáreas. Tudo pontualmente.

Foi quando conheci a Clara, uma enfermeira recém formada em obstetrícia, contratada para humanizar o parto numa das maternidades em que eu operava. Essas “pressões do governo para reduzir cesárea, sabe como é. Pensei que fosse só pra constar. Afinal, eu já tinha uma postura muito humanizada, oras. Entre a extração do bebê e a seção de tubos nasais da pediatra, eu mostrava a criança rapidamente para a mãe, que ficava emocionada. Mas a pediatra precisava fazer o trabalho dela e isso era o prioritário naquele momento. A mãe teria o resto da vida para curtir. Uma noite sem ele, não mudaria nada.

Enfim, esta Enfermeira começou a conversar com as gestantes que chegavam antes de eu chegar, até que um dia, as peguei numa posição constrangedora: ela e a “mãezinha” de cócoras! Até então só tinha visto tamanha acrobacia em filmes eróticos muitos selecionados. Peguei a doente e operei antes que acontecesse algo pior.

Um dia quando fui ao hospital após a ligação de uma paciente “pós-termo” (40 semanas) e, enquanto me paramentava, escutei um gemido suave e um choro de bebê. Corremos para salvá-los, mas já era tarde. O feto nasceu de um parto completamente “contaminado”. E por sorte, ficaram bem, e tiveram alta após uma semana de nosso ritual de descontaminação. Fizemos o que pudemos: antibióticos, desinfecção, . Nunca cheirei tanto éter na vida.

Por pouco não cai no chão. Nas mãos de uma enfermeira que dizia “Acostume-se, ‘doutor’, no futuro os partos serão assim...” O que ela sabia sobre futuro com estas práticas retrogradas? Foi muito traumatizante pra mim, mas pelo menos, ambos sobreviveram.

O que mais me preocupava era: como aquela criança conseguiu nascer – e bem – sem um médico por perto. Isso ia contra tudo o que eu havia aprendido e acreditado.

A gota d´água para eu deixar aquela maternidade foi no dia em que essa irresponsável acendeu um incenso e colocou o CD da Enya... ‘Pra relaxar’, dizia ela.

Pois eu pedi contas imediatamente! Dois meses depois já tinham reduzido a taxa de cesárea de 95 para 75%. Era demais para mim e eu não poderia compactuar com os riscos a que estavam submetendo mãe e feto naqueles partos sem controle.

Parecia até que o parto era das mulheres, não um ato médico!

Neste novo emprego, contei para o diretor-médico todas as coisas que fui obrigado a assistir e acabei me abrindo demais ao contar que estava fazendo análise por causa desses traumas. Numa dessas seções, até chorei.

Mas este colega compartilhou de minha dor e foi solidário ao garantir que isso só se repetiria por cima do cadáver dele. Mas aí ele morreu no mês seguinte e o substituto colocou como principal meta diminuir as cesáreas, meu Karma. Eu estava quieto na minha... Mas quando vi meus próprios colegas de plantão oferecendo água pra parturiente em pleno trabalho de parto, não pude me conter! O que mais faltava acontecer? Abolir a episiotomia de rotina? Foi o que aconteceu...

Decidi que trabalharia numa maternidade particular, onde jamais seria importunado.

Novamente comecei muito bem até que auxiliei na cesárea de um colega mais cesarista que eu. Ele conversava sobre a festança de reveillon que tinha promovido e que passaria o carnaval na Bahia, por isso estava “desafogando” sua agenda. Parei para olhar aquela cena... Percebi que o assunto ignorava completamente o belo momento que estava acontecendo e que ele estava operando várias grávidas só pra poder viajar no feriado. Percebi que eu já havia feito aquelas coisas, mas ver outra pessoa fazendo igual me despertou algo estranho... Como uma lamentação.

Com o papo, ele acabou esquecendo de mostrar o bebê à mãe.

Numa sexta fera, outro colega me ligou agendando uma “cesárea de emergência” (por cordão enrolado...) para a terça seguinte. Por mais tapado que eu fosse, tinha outro entendimento sobre emergência...

Assim foi indo... Mas devagar essas situações começaram a me incomodar.

Tempos depois, uma gestante chegou ao meu consultório com 12 semanas já falando que teria um parto normal. Vê se pode... Nem estava na época de pensar nisso! Primeiro teria que dar tudo certo – tudo mesmo! – e durante o pré-natal certamente apareceria alguma intercorrência que me obrigaria a indicar a cesárea, era sempre assim.

Mas eu disse que tudo bem porque este era um uma situação distante e concordei que parto normal era melhor, desde que TUDO estivesse perfeito.

As semanas estavam se passando e e nada dela aparecer com sequer um exame alterado. E olha que o que eu mais pedia era exame! Pior é que eu era representante dos médicos no conselho do hospital e tinha uma reunião para reivindicação de um novo centro cirúrgico exatamente na mesma época prevista para este parto. Esta reunião me traria status na corporaçao. Mas seria muito azar ambos acontecerem exatamente no mesmo dia e na mesma hora! Então continuei procurando meus motivos minimamente coerentes para operá-la antes e me salvar do meu destino incerto...

O grande dia chegou. Ela entrou em trabalho de parto sem um sorinho sequer, pode acreditar. Cheguei logo depois tenso porque o “muito azar” aconteceu e estava quase na hora da tal reunião. Ela estava abraçada ao marido e, vai entender, tinha escurecido o quarto. Fiquei desconfortável, porque como eu faria meus procedimentos altamente tecnológicos sem luz? A hora da reunião se aproximava e os participantes muito ocupados, não me esperariam e os colegas me matariam se eu não aproveitasse a oportunidade. O novo Centro cirúrgico beneficiaria a todos que poderiam operar mais e atrair mais convênios para si e para o hospital.

E eu lá preso!

Já estava nervoso com a pressão alta - Nao da gestante, a minha! Saí, voltei, saí de novo e quando voltei peguei a parturiente numa posição que nem minha mulher fazia nos melhores dias: de quatro.

Custou, mas consegui o telefone daquela profética enfermeira obstetra. Ela me pediu pra ficar calmo e que o parto se faria sozinho, se eu deixasse a natureza agir. Que mane natureza! Quase xinguei, mas estava tão tenso que decidi relaxar. Já tinha perdido a reunião mesmo e o pior que poderia acontecer era o bebe nascer sem dar tempo de eu chegar a porta ao lado. Fui para o quarto dos médicos em alfa. Uns disseram que eu tinha que ficar lá, fazendo alguma coisa, que eu estava maluco... “Negligencia!”, nem liguei. Acho até que a paciente não me queria lá naquela hora. Coloquei a Enya no meu MP4 e cochilei. Acordei duas horas horas depois com a supervisora me chamando.

Quando cheguei no quarto dela, já não pude fazer mais nada, senão ver aquele bebê coroando e saindo de sua mãe. Sem fórceps, sem episio, sem nada. Na cama. Antes que eu pudesse chamar o pediatra, ela tomou o filho em seus braços e começou a niná-la entre lágrimas e devaneios. Eu precisava fazer alguma coisa, qualquer coisa, mas fiquei estático. Parecia que se eu me aproximasse, estragaria algo, sei lá. Por incrível que pareça, achei lindo e me deu um nó na garganta. Mas eu tinha que parecer profissional e não me emocionar.

Não havia laceração (nem sabia que era possível nascer sem episio), o sangramento foi moderado, mas logo cessou e eu mesmo pedi ao pediatra para não levar a criança para o berçário.

Mal podia dirigir de volta pra casa. Estava deliciosamente chocado.

Comecei a ver as coisas que estavam na minha frente o tempo todo e jamais pude ver. Me arrependi pelos tantos procedimentos que executei, sem criticar. Lamentei as oportunidade de crescimento que furtei as famílias em meu benefício. E o melhor de tudo: percebi que não precisava continuar sendo assim.

Fui pra casa, li o site da Parto do Princípio, HUMPAR, Amigas do parto, me perdi em tantos blogs, em especial o da Dydy (hehehe) e, confesso, me filiei à REHUNA.

Isso foi há dois anos.

No 1º ano, me tornei o médico que mais fazia partos normais na região e isto me levou a conhecer muitos colegas semelhantes. Fui convidado a dar palestras, meu consultório encheu. Minha mulher disse que eu estava menos presente, mas era muito mais feliz nos momentos em que estava com minha família.

No último ano fui convidado para trabalhar numa casa de parto e há seis meses uma cliente me convidou a assistir o Parto domiciliar dela.

Hoje tenho uma equipe: eu, a clara – aquela enfermeira-Enya – minha esposa que fez um curso de doula e um pediatra que converti á humanização, mas ele raramente precisa aparecer lá.

Minha vida agora não tem mais rigidez de horários, metas e patrões. As mulheres são as minhas patroas! Estou sempre a espera para aparar alguém que vai nascer e nada mais. Incrivelmente, a consciência de que eu não preciso fazer muita coisa num parto me trouxe uma imensurável satisfação.

Sei que não estou cometendo um erro, ao contrario do que nossa sociedade não preparada acredita. Estou seguindo meu código de ética, respeitando o desejo das mulheres que me procuram e as evidencias cientificas. Desta forma, o que poderia estar errado?

Entendi que o corpo feminino é perfeito e que o máximo que precisarei fazer é ajudar, de vez em quando.

Compreendo e pratico o sentido profundo da humanização, não mais o simplista superficial. E agora que o conheço, não resta mais alternativa, não há mais volta.



Obrigado pela atenção.



Assinado: Um ex-cesarista convicto e atual parteiro...
 
Este texto eu encontrei no blog da Dydy e gostaria muito que isso acontecesse com mais frequência com nossos médicos. (Paula)
 
Eu também Paula... ^^v - Um dia veremos isso, se Deus kiser!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ana Maria Braga recebe sua filha Mariana para falar de parto natural!



Ana Maria Braga recebeu no Mais Você, desta quarta-feira, 04 de maio, a visita especial de sua filha Mariana, que contou para os telespectadores como foi o parto de Joana, sua filha, e neta da apresentadora. Mariana revelou que o parto de Joana aconteceu em sua própria casa e teve a ajuda de duas parteiras, além de uma doula, acompanhante responsável pelo conforto físico e emocional da mãe no momento pré-parto.

Além de conversar com Mariana, Ana Maria também entrevistou sua doula Marcelly Ribeiro, ao vivo, na casa. A apresentadora ainda recebeu Priscila Colacciopo, uma das parteiras que ajudaram a trazer Joana ao mundo.

Em reportagem, o Mais Você mostrou a coragem de muitas mulheres que optam por ter seus filhos de modo natural, ou seja, através do parto ativo, como é chamado. Essa alternativa não conta com intervenção médica no nascimento da criança. É importante ressaltar que o médico deve estar presente, porém, ele só interfere se houver necessidade. Não existe nem parteira, nem médico, no momento do nascimento, é simplesmente o corpo da mulher que se responsabiliza por toda a ação.

O programa também falou sobre o parto humanizado. Foram ouvidas seis mulheres que optaram pela alternativa. “Eu sempre quis ter um parto normal, mas eu não sabia que havia parto humanizado, onde respeitava-se os desejos das mulheres. Quando eu fui ter o parto, no momento do parto mesmo, foi para mim, assim, além de intenso, por estar fazendo o processo junto com a minha filha, e não uma coisa fria, não individualizada, foi um momento que eu realmente fiquei, é um momento de conquista, onde eu consegui conquistar um desejo que era meu há muito tempo. Foi um momento muito feliz”, contou a pedagoga Renata de Nardis.

Na casa com Ana Maria Braga, Mariana explicou a diferença entre a cesariana e um parto natural. “A cesariana é uma cirurgia, é importante ressaltar isso, ela é um parto, mas, antes de mais nada, é uma cirurgia”, enfatizou.

Sobre a profissão de parteira nos partos naturais, Priscila Colacciopo contou: “Durante o trabalho de parto, você pode saber se o bebê ou a mãe está com algum problema. Durante o trabalho de parta, a gente escuta o bebê. Este movimento é muito recente no Brasil, por isso, o número de doulas e de parteiras é muito restrito. Tem que ter formação acadêmica, com faculdade em enfermagem e especialização em obstetrícia”.

Em relação à função da doula, Marcelly Ribeiro relatou que ela é responsável pelo conforto da mãe nos momentos pré-parto. “Muitas mulheres que passam pela experiência do parto natural se tornam divulgadoras e pró-ativas deste movimento”, destacou Mariana. Ela também falou dos momentos que antecederam o parto: “Eu comecei a sentir as contrações mais fortes às 10h da noite, e a Joana nasceu às 10h da manhã”, contou.

Ana Maria Braga observou que a novidade a deixou preocupada, mas depois ela percebeu que é uma ótima opção para o momento de dar a luz: “No começo eu fiquei muito assustada, e a Mariana sabe disso, mas hoje eu vejo a Joana aqui entre a gente feliz e saudável”.

LINK COM VÌDEO: http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1661003-18172,00.html

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Off: Tenho certeza que, com muita divulgação boa assim, mudaremos a forma de pensar e a forma que as mulheres vêm o Parto Normal no Brasil!