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quarta-feira, 25 de abril de 2012

5 de Maio - Dia internacional da Parteira

Dia 5 de maio comemoramos o dia internacional da parteira. E para comemorar o NOSSO dia, a graduação em Obstetrícia da EACH USP Leste promoverá a MARCHA DAS PARTEIRAS, em São Paulo, no sábado dia 5 de maio. Abaixo, segue o cartaz de divulgação lá na faculdade!! Convido a todos que puderem, participem e apareçam lá para gritarmos para o país inteiro: O BRASIL PRECISA DE OBSTETRIZES!!!


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Para refletir: Sobre o choro do bebê!!


Já ouvi muita gente (inclusive bem próximos) dizer: "Esse bebê está mal acostumado, só quer saber de colo e fica com graça..."
Ou outras como "Chorar um pouco não faz mal a ningué, fortalece os pulmões. E depois, ficar pegando no colo e dar carinho, deixa a criança mal acostumada e depois não sabe onde é o limite. Não, não pode dar muito colo..."
E outra pérola: "isso é chantagem, veja só... se pegar no colo, pára de chorar na hora... não é falta de nada! Já mamou, já trocou, está aquecido e sem dor... isso é mânha, deixa ele no carrinho pra aprender a ficar sem colo..."
Já vi uma mãe, de pé na frente do carrinho e o bebê olhando pra ela, sacudindo as pernas, com os olhos brilhando e fazendo um som com a boquinha e a mãe falando: "aahh meu amor, vc quer colinho né, mas não vai ter colinho não, não pode... não pode bebê, ficar no colo, vc vai ficar no carrinho..."

Vocês já viram uma criança fazendo mânha?

Ela geralmente tem mais de 1 ano de idade, porque já entendeu que, se fizer gritarias, principalmente em local público, os pais vão lhe aprontar os desejos o quanto antes, não é??

Um bebê de menos de 2 meses, não tem o desenvolvimento mental suficiente pra formular tal idéia lógica: choro + "show" = desejos atendidos.
Um bebê ainda não tem a malícia de formular uma chantagem... ele só quer ter sanadas suas necessidades básicas que, além de alimento é também de cuidados, e isso inclui o afago, o carinho, o sentir o calor do corpo da mãe ou do pai, sentir o cheirinho de quem lhe é familiar, para se sentir protegido.

Pensando nisso, esse texto foi escrito, com base em experiências de nós, adultos... Apreciem!!

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Um texto para refletirmos sobre o choro do bebê:

Como você se sentiria se quisesse conversar com seu marido sobre algo que fosse importante para você, e ele muito cansado de um dia inteiro de trabalho passasse direto por você e fosse olhar os armários da cozinha, depois o guarda-roupas, depois a sapateira, colocasse a mão na sua testa e dissesse para si mesmo:

- Hummm... Os armários estão cheios de comida, o guarda-roupas cheio de roupas lindas, tem sapatos novos na sapateira, ela não está com febre, minha esposa está limpa, bem alimentada, bem vestida, não está com frio nem fome, portanto não há mais nada que ela possa querer ou precisar! Eu a amo muito, mas creio que ela está mal acostumada, vou deixá-la alí falando sozinha, que quando ela se cansar ela dormirá tranquila, pois nada lhe falta..."

Se você como uma mulher adulta, capaz de compreender muitas coisas, não tem apenas necessidades físicas, pq pensar que um bebê recém chegado a este mundo só chora quando está com frio, calor ou fome??

Se você, que é adulta quer ser ouvida, beijada, abraçada e acarinhada, se você que é adulta quer sentir que te amam não apenas cuidando de suas necessidades físicas, quer se sentir segura e amada através do contato e da presença de um marido carinhoso, como pensar que um bebê não precisa (muito mais) da presença física e do contato com sua mãe??

Se você que é adulta precisa de presença, carinho e contato para estar feliz, como achar que um bebê também não precisa?

Se você que é adulta não quer "marcar hora" para receber carinho e atenção, como achar que um bebê merece ter isso de forma restrita e limitada?

Coloque-se no lugar do seu filho por um único instante, e por favor: vá pegá-lo no colo, embalá-lo, niná-lo, dê-lhe o peito, e mostre que você o ama da ÚNICA forma que ele é capaz de compreender agora: com sua presença física!

Luzinete Rocha Cruz Carvalho